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Óscares 2016: Preconceito ou mero acaso?

A forte crítica aos Óscares 2016 está mais do que lançada. A pergunta é: qual a origem desse descontentamento que tem vindo a ser manifestado há semanas?


A inexistência de atores negros nomeados às categorias de interpretação e realização é a premissa que tem gerado todo este enredo de desagrado. O problema aqui passa por perceber se esta é uma questão que se possa explorar facilmente…se pensarmos bem, e é algo que não podemos negar, é o segundo ano consecutivo em que não temos atores negros nomeados às categorias de melhor ator/atriz ou melhor ator/atriz coadjuvante. É inevitável não refletir acerca desta que é uma certeza. O díficil é encontrar uma razão plausível, se é que realmente existe, que permita explicar a razão, o porquê…ou simplesmente não há um porquê?

Não há nenhum individuo de etnia negra entre os nomeados na vertente da representação.


Jennifer Jason Leigh, Rachel McAdams, Alicia Vikander, Rooney Mara, Tom Hardy, Mark Rylance, Sylvester Stallone, Mark Ruffalo, Christian Bale, Charlotte Rampling, Cate Blanchett, Jennifer Lawrence, Saoirse Ronan, Brie Larson, Eddie Redmayne, Matt Damon, Bryan Cranston, Leonardo DiCaprio e Michael Fassbender são os nomeados para a categoria de melhor ator/atriz…todos eles brancos…coincidência? Eis a questão.


Contudo, neste tipo de situação torna-se estritamente necessário recuar alguns bons anos. O facto é: há dois anos consecutivos que nenhum negro é nomeado ao Óscar…e antes disso? No ano de 1940, uma época em que as diferenças sociais entre classes e raças eram extremamente acentuadas, Hattie McDaniel foi a primeira atriz afro-americana a ser galardoada com o prémio de melhor atriz coadjuvante. Isto gera ainda mais controvérsia. As opiniões são muitas. Uns defendem o boicote aos Óscares 2016, como é o caso Jada Pinkett Smith; outros acreditam que toda esta onda de indignação não é movida por qualquer tipo de sentido, na medida em que são nomeados aos Óscares aqueles que o merecem, “escolhidos pelas suas capacidades interpretativas” e não pela sua cor.

Os óscares serão emitidos no dia 28 de fevereiro.

Esta crítica à “falta de diversidade” nos Óscares não é, de todo, nova. No ano passado foi criada a hashtag #OscarsSoWhite, partilhada por milhões de pessoas com o intuito de criticar severamente a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (responsável pela escolha dos nomeados aos Óscares). Este ano, o protesto voltou a instalar-se. Contudo, a hashtag mudou: #OscarStillSoWhite.

A falta de representatividade de atores e diretores negros é, portanto, uma questão histórica na maior “gala de premiação” do cinema mundial, que já conta com 88 anos de história.

No seguimento de todas estas reprovações à Academia, Cheryl Isaacs, presidente da mesma, veio contrariar a hashtag que até então se tem tornado viral nas redes sociais. Afirma que as nomeações são tudo menos racistas, mostrando-se descontente com toda esta polémica.

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