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10 Portugueses em Hollywood

Não é só de bola nos pés que os portugueses se destacam internacionalmente. Por Hollywood estão portugueses de sucesso, que levam Portugal consigo. Mas a diáspora portuguesa não se resume a atores cinematográficos ou de series televisivas, atrás das camaras Portugal conta já com dois Óscares atribuídos.


Joaquim de Almeida

Joaquim de Almeida é um dos atores portugueses com maior sucesso em Hollywood.

Aos 18 anos (1974) Joaquim de Almeida rumou aos EUA. O então jovem Joaquim estudou na escola “Lees Stranberg Theatre and Film Institute”, a mesma que “educou” Angelina Jolie, Al Pacino e Robert De Niro.

Depois do seu primeiro papel no filme “The Soldier”, em 1982, Joaquim de Almeida foi consolidando o seu lugar em Hollywood. Se em 1995 fez parte do elenco do sucesso de bilheteira “Clear and Present Danger”, no ano seguinte foi o vilão de “Desperado”, ao lado de António Bandeiras. Dois anos mais tarde foi personagem em “La Cucaracha”, de seguida em “One Man´s Hero” (1999), “Behind Enemy Lines” (2001) e “The Burning Plain” (2011).

Com 58 anos o experiente ator luso já interpretou mais vilões do que heróis, Hernan Reyesno do “Velocidade Furiosa 5: Assalto no Rio” é um exemplo. Em televisão o seu primeiro papel foi de Roberto 'Nico' Arroyo no 9º episódio na serie Miami Vice. CSI: Miami, O Mentalista, Missing, foram outro exemplos de series em que participou até mais que uma vez.

Por Portugal participou em filmes como “Capitães de Abril”, “Um Tiro no Escuro”, “Os Imortais” e “Contraluz” (2010), de Fernando Fragata, o primeiro filme realizado por um português em Hollywood, e ganhou três Globos de Ouro: de Melhor Ator no filme “Tentação”, “Adão e Eva” e “A Samba de Sherlock”.


Diogo Morgado

Diogo Morgado é conhecido nos EUA por "Hot Jesus".

A novela da RTP, “Terra Mãe” deu início à carreira de Diogo Morgado, então com apenas 17 anos. Seguiu-se “Amo-te Teresa”, um telefilme da SIC, em 2000, que conquistou o público. Tornando-se protagonista e interveniente de várias telenovelas, desde “Vingança” a “Sol de Inverno” e series de humor como “Malucos do Riso” e a “Aqui não há quem viva”.

Também de teatro foi o percurso do ator por terras lusas, tendo representado diversos papéis em peças de teatro e até na Revista à Portuguesa.

Foi em 2013, que Morgado partiu para Hollywood, interpretando Jesus na minissérie “A Bíblia” e tornando-se no “hot Jesus” de que todos falavam. Com uma pré nomeação para o Emmy de Melhor Ator numa Minissérie, foi o primeiro português entrevistado por Oprah, que não lhe poupou elogios e partilhou mesmo uma fotografia dos bastidores com a legenda: “A partilhar um hot dog com o `hot Jesus´. A vida é deliciosa”. A serie foi um sucesso nos EUA e um recorde de audiências dos canais por cabo americanos.

A serie americana “Revenge”, na qual gravou uma participação especial, foi a conquista seguinte. Em 2014 o “hot Jesus” conquistou o grande ecrã no filme “The Son of God”, que lhe valeu o prémio de Melhor Interpretação na 23ª edição dos Movie Guide Grace Awards, em Los Angeles. No ano seguinte chegou a serie “The Messengers”. A carreira do “portuguesito” vai de “vento em poupa”.


Daniela Ruah

Daniela Ruah continua a conquistar Hollywood com a série NCIS.

Daniela Ruah nasceu em Boston (1983) e aos 6 anos veio para Portugal, a terra do seu pai. A luso-americana vem de uma família judaíca e, como tal, tem família de origem alemã, polaca, inglesa, argentina e até marroquina.

“Jardins Proibidos”, a primeira telenovela portuguesa com mais audiências do que as brasileiras da Globo, serviu de estreia a Ruah. Seguiram-se personagens em telenovelas como “Filha do Mar”, “Dei-te Quase Tudo”, “Tu e Eu”, e em séries como “Inspetor Max” e “Casos da Vida”.

Aos 18 anos a atriz foi estudar para Inglaterra. Durante dois anos foi estudante na “London Metropolitan University”. Em 2007 rumou a Nova Iorque e foi aluna no “Lee Strasberg Theatre and Film Institute”. A aventura havia começado.

Daniela logo conquistou o realizador George Lucas, de “Indiana Jones” e “Guerra das Estrelas”, interpretando uma sedutora italiana em “Red Tails”. Pouco tempo depois da estreia, a bela atriz tornou-se co-protagonista da série NCIS – Los Angeles, em que participa até hoje, representando a agente Kensi Blye e contracenado com atores como Chris O’Donnell, LL Cool J e Linda Hunt.

Em 2010, a luso-americana conquistou o Globo de Ouro em Portugal na categoria Revelação do Ano e foi nomeada na categoria Atriz de Televisão de Ação nos Teen Choice Awards. No mesmo ano Daniela Ruah foi eleita uma das 100 mulheres mais sexys do mundo, pela prestigiada revista norte-americana Esquire. No ano seguinte foi pré nomeada para Melhor Atriz de Televisão de Ação nos Emmy Awards.

Com um contrato de sete anos com a cadeia televisiva CBS, Daniela realizou praticamente todos os seus objetivos. Falta-lhe ganhar o Oscar, tão desejado, mas com toda a certeza acontecerá.


Lúcia Moniz

Lúcia Moniz persegue o sonho de se tornar uma estrela de Hollywood.

Lúcia Moniz nasceu a 9 de Setembro de 1976, em Lisboa. Aos seis anos de idade já fazia parte da Academia de Música de Santa Cecília, não fosse ela filha de dois músicos, Carlos Alberto Moniz e Maria do Amparo.

Com somente 19 anos venceu o Festival RTP da Canção de 1996 com o tema "O meu coração não tem cor" e representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção, alcançando a melhor classificação até à atualidade (6º lugar). Três anos depois a portuguesita rumou aos Estados Unidos da América para gravar o seu primeiro álbum, “Magnólia”. Em 2002 lançou o seu segundo álbum, com participações de Jorge Palma, João Gil, Pedro Campos e Maria do Amparo, sua mãe.

Foi no ano seguinte que Lúcia chegou a Hollywood, através do filme “Love Actually” (O Amor Acontece), no papel de Aurélia, uma jovem portuguesa que, não sabendo falar inglês, se apaixona pelo seu patrão Jamie (Colin Firth).

Posteriormente volta a Portugal, onde se dedica ao Teatro, tendo como encenador Filipe La Féria.

Em 2009 rumou ao Canadá para ser “Carol” na série do “ Living in a car”, produzida por David Steinber (produtor de “Friends” e “Seinfeld”).


Maria de Medeiros

Maria de Medeiros participou num dos mais influentes filmes dos anos 90, "Pulp Fiction".

Maria de Saint-Maurice de Medeiros Esteves Victorino de Almeida nasceu a 19 de agosto de 1965, em Lisboa. No entanto, passou a infância na Áustria, tendo voltando à terra natal depois do 25 de abril de 1974. Além de atriz, Maria é encenadora e até cantora.

Em 1990, Medeiros chegou a Hollywood com o filme “Henry e June”, onde contracena com Uma Thurman e Fred Ward. Quatro anos bastaram para que Quentin Tarantino a escolhesse para o filme “Pulp Fiction”, onde contracena com Samuel L. Jackson, Jonh Travolta e Bruce Wills.

Merecem destaque ainda as suas participações nos filmes: “A Divina Comédia”, de Manoel de Oliveira (1991), “Huevos de Oro”, de Bigas Lunas (1993) e “O Xangô de Baker Street”, de Miguel Faria Jr. (2001). O seu papel no filme, “Três Irmãos”, de Teresa Villaverde (1994), concedeu à atriz os prémios de Melhor Atriz no Festival de Veneza e no Festival de Cancun. A atriz arrecadou ainda o Globo de Ouro como Melhor Atriz, pelo seu desempenho no filme “Adão e Eva”, de Joaquim Leitão (1995). Em 2008 Maria foi a primeira portuguesa a ser nomeada Artista da UNESCO para a Paz.

A sua estreia enquanto realizadora aconteceu com o filme “Sévérine C.” (1987). “Fragmento II”(1988) foi o seu segundo filme realizado. Em 2000, a sua longa-metragem “Capitães de Abril”, foi selecionada para o Festival de Cannes e premiada no Festival de São Paulo. “Bem-Vindo a São Paulo” (2004), “Mathilde au Matin” (2004), “Je t'aime moi non plus” (2004) e o segmento "Aventuras de um Homem Invisível" em Mundo Invisível, são outras obras realizadas por Medeiros.


Joana Metrass

É das atrizes portuguesas com mais futuro em Hollywood.

Com ascendência argentina, italiana, francesa, chinesa e cabo-verdiana, Joana Metras nasce em Lisboa, no ano de 1988. Aos 17 anos, a jovem atriz fez um ano de intercâmbio nos Estados Unidos da América, voltando a Portugal um ano depois para frequentar o Conservatório Nacional Português, enquanto mantinha estudos em Nova Iorque e Itália. Em 2013 mudando-se para a Grã-Bretanha e em 2014 para Los Angeles.

Por cá, Joana participou na série da RTP "Sinais de Vida", nas novelas "Morangos com Açúcar", "Maternidade” e "Rosa Fogo" e em filmes como "O Que Há de Novo no Amor" e "E o Tempo Passa".

Mas foi no ano de 2014 que Metrass realizou o seu primeiro trabalho internacional, no filme “The Spoiler”. Seguiu-se “ Dracula Untold” (2014) e “The Man from U.N.C.L.E” (2015). Ainda em 2015, Joana Matress desempenhou o papel de "Guinevere" na conhecida série “Once Upon a Time”, ao lado de Liam Garrigan, Elliot Knight, Amy Mason e Jennifer Morrison. A carreira da atriz não para de crescer.


Vitória Guerra

Vitória Guerra com ajuda de John Malkovich irá estrear-se no cinema Americano.

Victoria Deborah de Sousa Lark Guerra nasceu em Loulé, a 16 de Abril de 1989. Filha de pai português e de mãe inglesa, a atriz estudou num Colégio de Freiras e estreou-se em televisão aos 17 anos.

Com apenas 17 anos, depois de participar num casting de rua, integrou o elenco da série “Morangos com Açúcar”. A partir dai não mais parou de representar. “Fascínios”, “Flor do Mar” e “Mar de Paixão” foram as suas conquistas seguintes na TVI. Logo protagonizou a sua primeira curta-metragem “Catarina e os Outros”, premiada nos Los Angeles Movie Awards. De seguida seguiu-se um um papel de destaque no filme “Linhas de Wellington” e, em 2012, trocou a TVI pela SIC, no papel de Vera, na novela “Dancin’ Days”. No ano seguinte, a jovem atriz foi protagonista da novela “Sol de Inverno” (SIC), representado "Matilde" e alcançou o prémio "Revelação do Ano" na XVIII Gala dos Globos de Ouros.

Aos 27 anos, Victoria Guerra vai participar em “Wilde Wedding”, um filme do realizador norte-americano John Malkovich.


Tony D'Algy

Dos atores portugueses que mais fizeram filmes nos EUA.

Tony D'Algy era o nome artístico de António Eduardo Lozano Guedes. António nasceu em Luanda (1897) e morreu aos 80 anos em Lisboa. Por cá, ele foi Comandante, o vizinho rico de António Silva em “O Leão da Estrela” (1947), de Arthur Duarte. Interpretou Sousa Morais, o agente da fadista Amália Rodrigues no filme “História de uma Cantadeira” (1948), de Perdigão Queiroga. No entanto, antes, Tony D'Algy esteve em Hollywood.

O primeiro filme registado do ator foi um drama mudo nos EUA (1924), “ The Rejected Woman”, que tinha Bela Lugosi, como protagonista. E no mesmo ano, D'Algy, num papel secundário, contracenou com Rodolfo Valentino em “Monsieur Beaucaire”. Interpretando personagens secundárias tipo “amente latino”, Tony D'Algy foi dirigido por realizadores como William Wellman e John Stahl. O percurso do ator continuou depois pelo cinema francês, italiano e espanhol (onde interpretou a sua última personagem num filme).


Nuno Malo

O compositor português já foi nomeado para um Óscar.

O compositor português Nuno Malo vive em Los Angeles e agarrado à guitarra, ao piano e alguns instrumentos étnicos compôs bandas sonoras de filmes internacionais como, "A Profecia Celestina", de Armand Mastroianni, "The Lost and Found Family", de Barnet Bain, ou "Miel de Naranjas", de Imanol Uribe. Por terras lusitanas, as bandas sonoras do remake do filme "Pátio das Cantigas", de "Leão da Estrela" e de “Amália – O Filme” (interpretada pela Orquestra Sinfónica de Budapeste) são os seus principais trabalhos. O artista luso esteve ainda nomeado para o prémio de Melhor Banda Sonora num Filme Dramático (LUV), competindo com filmes como o “Indomável” ou o “Discurso Rei” (o filme vencedor).

Nuno Mallo é natural da Ilha da Madeira, estudou em Londres e tirou um curso na área da música para cinema na University of Southern Califórnia. Mais tarde casou com Ivana, uma pianista natural da Croácia, com quem está até hoje.

No ano de 2010, Mallo foi eleito o compositor revelação nos EUA pela Associação Internacional de Críticos de Música para Cinema. Mais recentemente, a banda sonora do filme “No God, no Master”, da sua autoria, foi nomeada para os Óscares.


Carlos de Mattos

Carlos de Mattos (à direita) revolucionou o mundo do cinema americano.

O único português premiado com dois Óscares da Academia chama-se Carlos de Mattos e é pioneiro no desenvolvimento de equipamentos para cinema. O empreendedor conquistou por duas vezes, nos anos de 1980, a categoria de Avanço Técnico. Em 1983, Mattos inventou a primeira grua para operar câmaras, utilizada no filme “ET” de Spielberg e em 1986 criou uma camara ativada por controlo remoto, utilizada em “Cotton Club” de Francis Ford Coppola. Em entrevista ao Diário Económico o português afirmou que estar muito orgulhoso, já que essas “descobertas e inovações têm contribuído de forma significativa e duradoura para a indústria do cinema”.

Carlos Mattos nasceu em Angola e foi criado entre Moçambique e Portugal. Mudou-se para os EUA para estudar Economia na Universidade Estatal da Califórnia, mas apaixonado pela sétima arte, em vez disso, formou em conjunto com o seu amigo Ed Philips uma empresa de equipamento, a Matthews Studio Equipment, sediada numa pequena garagem. A firma preencheu uma lacuna de mercado, produzindo tripés, iluminação e outros materiais, tendo rapidamente conquistado Hollywood.

Aos 64 anos, Mattos, é presidente da empresa Cinemills, uma das principais produtoras de iluminação para cinema e televisão em Hollywood. O ex-presidente Bill Clinton chamou por duas vezes o empresário para discursar na Casa Branca.


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